O Congresso aprovou a lei, que só depende da aprovação do presidente Lula; teste detecta se o bebê possui ou não problemas de audição
Um projeto de lei aprovado pelo Congresso obriga todas as maternidades públicas do país a oferecer, de graça, o teste da orelhinha nos recém-nascidos. O exame permite detectar se o bebê tem ou não problemas na audição.
Maria Clara, a bebê da dona de casa Keite Francisca de Macedo, realizou o exame e nem se abalou. Não doeu, nem incomodou. Agora a mãe já sabe que a menininha não tem problema auditivo: “ela tá com saúde, graças a deus. Estou feliz, porque não ocorreu nada, está tudo certo”.
Isso foi possível porque ela fez, ainda na maternidade, o exame de emissões otoacústicas, conhecido com teste da orelhinha.
Além do Imip, somente o hospital Agamenon Magalhães, no Recife, a Unidade Municipal de Saúde, em Caruaru, e o centro auditivo de Petrolina fazem o teste de graça.
“Em 30 segundos a gente consegue avaliar se ela ouve ou está com alguma dificuldade. É emitido um estímulo em cada orelha que chega à audição da criança e é devolvido. O equipamento consegue amplificar esse som e nos dá uma resposta se a orelha está com a audição boa ou alguma dificuldade", explicou a fonoaudióloga Luciana Carvalheira.
O projeto de lei que obriga todas as maternidades públicas do País a oferecer o teste da orelhinha gratuitamente agora só depende da aprovação do presidente Lula.
O exame pode ser feito nas primeiras 24 horas de vida do bebê. Se for percebida uma falha na audição, recomenda-se repetí-lo. Se julgarem adequado, os médicos partem para testes mais sofisticados.
Quanto antes tudo isso for feito, melhor: “a surdez é muito frequente. [A surdez profunda acontece] em uma criança para cada mil nascimentos. Essa surdez vai dificultar o aprendizado e o desenvolvimento fica comprometido. Quanto mais cedo for detectado, coloca-se uma prótese e essa criança vai ser estimulada. O cérebro da criança quando nasce tem uma plasticidade muito grande. Ele está pronto para receber informações e quanto mais informações e quanto mais precoce, melhor será a resposta”, informou a pediatra Geisy Lima.
Vitória, a neném da estudante Carla Cristina de Melo, nasceu prematura. Ela fez logo o teste. E aliviou sua mãe:”me senti muito feliz, porque é bom ir pra casa sabendo que está tudo ok. Na minha opinião, gostei muito, adorei”.
FONTE: pe360graus.com