Alinne Moraes e Lília Cabral roubaram a cena em tramas paralelas.
Novela do autor Manoel Carlos terminou nesta sexta-feira (14).
Cadeirantes em foco
Apesar de não ser a “Helena” – a protagonista constante das novelas de Manoel Carlos – a personagem Luciana (Alinne Moraes) foi o “centro das atenções” de “Viver a vida”, como prefere definir o próprio autor. Por meio da história da modelo em ascensão que fica tetraplégica após sofrer um acidente, a novela abordou o preconceito e a dificuldade de inclusão social que sofrem os cadeirantes.
Com extrema delicadeza e com uma atriz brilhante em cena, o autor também mostrou como fica a vaidade e a vida sexual de quem perde os movimentos do corpo.
Lília Cabral, a musa de Maneco
“Viver a vida” é a quarta novela consecutiva de Manoel Carlos que tem Lília Cabral no elenco. Certo o autor em insistir na escalação, já que ela é uma das atrizes que melhor traduzem seu texto.
No papel de Tereza – modelo de sucesso que largou a carreira para se dedicar à família – a atriz incorporou a montanha-russa de sentimentos pela qual passou a personagem durante toda a trama. Nos primeiros capítulos, Tereza era amargurada por ver o ex-marido Marcos (José Mayer) com uma modelo bem mais jovem, depois virou mãe-coragem quando a filha ficou tetraplégica, e, mais tarde, “se sentiu uma virgem” ao estar com um novo amor.
A megera (in)domada
Uma das boas surpresas de “Viver a vida” foi Adriana Birolli. A atriz curitibana fez sua estreia em novelas no papel de Isabel, uma patricinha mimada, que não tem medo de dizer o que lhe vem à cabeça. A franqueza excessiva da moça muitas vezes ganhava contornos de vilania – como quando encontrou a irmã, Luciana e disparou: “Lu, você está ótima, tirando essa coisa de não poder andar”.
Uma das boas surpresas de “Viver a vida” foi Adriana Birolli. A atriz curitibana fez sua estreia em novelas no papel de Isabel, uma patricinha mimada, que não tem medo de dizer o que lhe vem à cabeça. A franqueza excessiva da moça muitas vezes ganhava contornos de vilania – como quando encontrou a irmã, Luciana e disparou: “Lu, você está ótima, tirando essa coisa de não poder andar”.
Manoel Carlos defende a personagem: “diria que Isabel transformou sua amargura, por ter se sentido a vida inteira preterida pelos pais, em uma franqueza radical. Mas não chega a ser uma pessoa má”.
Galã em dose dupla
Revelado na minissérie “Maysa”, também escrita por Manoel Carlos, Mateus Solano deixou de ser promessa e ocupou o posto de “galã da vez”.
Na pele dos gêmeos Jorge e Miguel, o ator delineou bem as personalidades dos irmãos. E o melhor: sem cair na armadilha da caricatura do “gêmeo bom” e o “gêmeo ruim”.O “garanhão” do Twitter
Antes mesmo do primeiro capítulo de "Viver a vida" ir ao ar, o personagem Marcos já era sensação na web. Isso porque José Mayer – o “pegador oficial de Helenas” – dessa vez faria par romântico com Taís Araújo.
O nome do ator ficou entre os mais citados no Twitter em setembro de 2009, com a “tag” #zemaryerfacts, que exaltava seus poderes de conquista.
Entre as brincadeiras recorrentes estavam "quando o zé mayer nasceu quem levou tapa na bunda foram as enfermeiras" ou "zé mayer não conta carneirinhos pra dormir. Ele conta quantas Helenas pegou nas novelas".
Vilã dente-de-leite
Originalmente, a atriz Klara Castanho seria uma criança que aprontaria maldades na novela. Mas as ressalvas do Ministério Público impediram que o autor Manoel Carlos tornasse Rafaela a primeira vilã-mirim da TV.
Boa solução foi fazer da personagem uma garota intrometida que colocava os adultos em saias-justas.
A pequena Klara esteve em total sintonia com o ator argentino Mário José Paz – outra boa revelação de “Viver a vida”.
A “Amy” do Leblon
Com um visual inspirado na cantora Amy Winehouse, a atriz Bárbara Paz deu vida a Renata, uma garota problemática que sofria de anorexia alcoólica.
Pouco divulgada, a doença afeta principalmente mulheres, que trocam alimentos por bebidas alcoólicas.
A personagem também marcou a estreia de Barbara Paz em uma novela da TV Globo.